Conturbada Constatação.
Julgam-me ingênua e às vezes
sou,
Por querer tanto acreditar
na Educação.
Por confiar no bem que
sempre semeei,
Oh! Quão grande a minha
decepção!
Mesmo advertida não quis
acreditar,
Que nunca se deve lutar
contra a maré.
Nem confiar apenas nas aparências,
Que visam expor alguém como
inepto,
“um Mané”. Covardia extrema,
não?
Em persistência insisti,
obstinei.
Queria a todo custo fazer a
constatação.
Dói, mas passa...
Comprovar se realmente
enganara,
Que tudo não passara de mera
ilusão.
Atordoada, me recolho num
casulo,
Juro neste nunca mais querer
pintar,
Pois pintei lindas
borboletas num cenário,
Do qual só vi morcegos a
voar.
Usei cores lindas, fiz um
arco-íris,
Mesmo lindo trouxe grande
frustração,
Pois nenhuma das belas cores
foi vistas,
A não ser trevas, negrume,
escuridão.
“Queria provar o contrário a
outros, cegamente,
Numa tese improvável, sem
como negar,
Uma coisa, porém, provada
ficou,
“Faltou-me perspicácia,
querer ver, acreditar.”
Mas valeu... Penso ter
aprendido a lição.
A Educação caminha de “mal a
pior“,
Mas precisa continuar na
jornada a caminhar.
De suas peripécias dependem
as nações,
Espero que um dia venha a
acertar.
Estou passando... Fui... Dei
minha parcela,
Nada mais tenho a oferecer
como contribuição,
Mas tenho consciência de que
dei o meu melhor,
Se, foi insignificante,
perdoem-me de estar na contramão.
Busquei a integração,
objetivo explícito,
Mas implícito tinha outro
ainda maior,
Colocar cada um em seu
lugar,
Quem sabe incinerar o
julgado “pior”.
Na vida tudo passa, não
admirem de que passei,
Embora virtuosos, a vez de
cada um chegará,
Com maior ou menor
intensidade de dor,
Ou quem sabe em glória, só
Deus saberá...
Nenhum comentário:
Postar um comentário