sábado, 28 de julho de 2012

conturbada constatação.





Conturbada Constatação.
Santos, Maria Madalena dos.

Julgam-me ingênua e às vezes sou,
Por querer tanto acreditar na Educação.
Por confiar no bem que sempre semeei,
Oh! Quão grande a minha decepção!

Mesmo advertida não quis acreditar,
Que nunca se deve lutar contra a maré.
Nem confiar apenas nas aparências,
Que visam expor alguém como inepto,
“um Mané”. Covardia extrema, não?

Em persistência insisti, obstinei.
Queria a todo custo fazer a constatação.
Dói, mas passa...
Comprovar se realmente enganara,
Que tudo não passara de mera ilusão.

Atordoada, me recolho num casulo,
Juro neste nunca mais querer pintar,
Pois pintei lindas borboletas num cenário,
Do qual só vi morcegos a voar.

Usei cores lindas, fiz um arco-íris,
Mesmo lindo trouxe grande frustração,
Pois nenhuma das belas cores foi vistas,
A não ser trevas, negrume, escuridão. 

“Queria provar o contrário a outros, cegamente,
Numa tese improvável, sem como negar,
Uma coisa, porém, provada ficou,
“Faltou-me perspicácia, querer ver, acreditar.”
Mas valeu... Penso ter aprendido a lição.

A Educação caminha de “mal a pior“,
Mas precisa continuar na jornada a caminhar.
De suas peripécias dependem as nações,
Espero que um dia venha a acertar.

Estou passando... Fui... Dei minha parcela,
Nada mais tenho a oferecer como contribuição,
Mas tenho consciência de que dei o meu melhor,
Se, foi insignificante, perdoem-me de estar na contramão.

Busquei a integração, objetivo explícito,
Mas implícito tinha outro ainda maior,
Colocar cada um em seu lugar,
Quem sabe incinerar o julgado “pior”.

Na vida tudo passa, não admirem de que passei,
Embora virtuosos, a vez de cada um chegará,
Com maior ou menor intensidade de dor,
Ou quem sabe em glória, só Deus saberá...





Nenhum comentário:

Postar um comentário