A dura travessia.
Santos, Maria Madalena dos.
Passar-se pela Educação é como peregrinar-se no ermo
em que se vê muita coisa a lhe ameaçar: O calor abrasador de parceiros que
desejam a sua fusão para apoderarem-se de seu lugar; o solo árido que lhe nega
recursos para desempenhar o seu trabalho na falta de investimentos em recursos
tecnológicos e de capacitação profissional; o individualismo observado na falta
do verdadeiro coleguismo; a solidão quando surgem problemas; a falta de amparo
devido ao ego dos peregrinadores que correm como que atrás da última Coca-cola
do deserto, sem levar em conta em cima de quem tem de passar para
consegui-la... “ Amigos instantâneos que se diluem rapidamente, passou aquele
momento, atendeu à necessidade, acabou. Prevalece o imediatismo nas amizades, “
cada um colhe o seu maná” e encerra-se o caso e que se danem quem não
conseguir, o problema é só dele, ninguém pensa na coletividade.
Ver a Nova Terra, o outro lado do deserto é um sonho de
muitos, pois a multidão que passa pela Educação, sem exceção, vê-se frustrada,
desvalorizada, sente-se “um estranho no ninho”, às vezes, com vergonha de olhar
para trás por perceber o quanto foi traída, ludibriada, desvalorizada,
desconsiderada, enfim, vista como alguém que nada contribuiu para o avanço
educacional, o qual quase nem avança mesmo devido à situação pela qual passa
seus profissionais.
Reclamar... Resmungar... Chiar... Para quê? O Sistema
Educacional é injusto mesmo, a multidão de profissionais é subdividida em
classes, esfacelada, desestruturada, desorganizada e desunida, cada um, diante
da opressão só consegue ver a si mesmo, e nunca o interesse grupal, de todos.
Assim sendo, não desista..., lute..., persevere..., vá em
frente, mas confie especialmente em Deus, só Ele lhe estenderá as mãos nesta
louca travessia.
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