Angústia, ansiedade, medo...
Santos, Maria Madalena dos.
Noite escura sem luz pelos
terreiros e nem em casa,
Sem lua, com vaga estrelas nos
céus, tamanha escuridão!
Uivos de cachorros a alarmar
mato afora pelo quintal.
O medo leva até ao surdo de ouvir o quase inaudível,
E se arrepiar diante da
sensação de perigo.
O sono não vem por nada, por
mais que se tente.
O cérebro se liga numa
tremenda expectativa
De que algo está para
acontecer e fica na vigília.
Quem poderá desligá-lo? O que
fazer para acalmá-lo?
A ansiedade gerada pela
tentativa de dormir sem sucesso
Causa nervosismo, dormência
nos pés, inquietação.
Como sair se há apenas a
lanterna para as necessidades,
A qual deve ser preservada sua
bateria para o uso?
Que horror! Passar uma noite
que parece não ter fim.
Os batimentos cardíacos se
aceleram,
O fôlego fica ofegante, falta
oxigenação.
Surge uma incômoda dor no
peito,
Um nó atado na garganta,
tremenda vontade de chorar
E o choro não sai, fica
entalado no peito.
E nesse emudecimento lágrimas
quentes
E silenciosas rolam a face e
ameniza a dor.
Que exaustão! Que confusão
mental!
É a vida extenuante que às
vezes sobrevêm como provação às pessoas.
Vencer esses medos sem deixar
sequelas é quase impossível.
No geral essas mazelas ficam
marcadas no cérebro
E a cada momento de medo que
se repete elas são realçadas
Deixando suas vítimas sem
ação, prostrada diante da situação.
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