Para quem é... Bacalhau basta!
Santos, Maria Madalena dos.
Esse
é o lema recorrente do mundo, “para quem é..., bacalhau basta!”, que tem levado
às dificuldades de relacionamento entre muitos: funcionários públicos dão pouco
de si no trabalho num gesto de devolver ao governo o resultado de sua
desvalorização profissional e nesse lema patrões e empregados se desentendem
num círculo vicioso de cobranças.
Pio
ainda é quando essa situação é estabelecida na família, carecendo de ser
combatida de forma veemente para evitar o caos social.
Quando
se casam, marido e mulher se esforçam ao máximo para agradar um ao outro,
empolgados com a nova relação, esquecendo-se, porém, de que essa relação deve-se
perdurar por longos anos, durante toda sua estadia na Terra, enquanto vida
tiver. Não é apenas uma nova relação, é uma relação de intimidades que deve ser
única, exclusiva e eterna. Quem pensa em se casar deve antes ponderar sobre
esses fatores essenciais para uma vida a dois em plena felicidade, e calcular o
custo se está disposto a tais sacrifícios.
Muitos
casais, com o passar do tempo relaxam-se com respeito à preocupação, o interesse
e a demonstração de amor e carinho que se deve dar um ao outro, tornando se
rara a relação de afetividade que deveria ser constante, eterna, ou no mínimo
acompanhar o período de vida juntos neste sistema de coisas, caindo na
armadilha do famoso “para quem é..., bacalhau basta!”.
Para e pense: com que
frequência você prepara e serve uma deliciosa refeição em sua casa à base de
bacalhau? Raramente ou nunca, não é mesmo? Primeiro, porque o bacalhau não é um
alimento atrativo pelo sabor, pelo odor, pela aparência da carne. Tem excesso
de sal, carecendo de ser dessalinizado; tem um cheiro muito forte,
desagradável, muitos relacionam o cheiro do bacalhau a sujeira ou imundície; é
um tipo de carne ressecada, dura, difícil de preparar e que não apresenta
inteira, bela no prato, apesar de nutritiva; segundo, porque o bacalhau é um
alimento caro, inacessível a todos e nem sempre é encontrado no mercado; terceiro,
porque é um tipo de alimento relacionado a ocasiões específicas, certas épocas
do ano, como quaresma, semana santa, natal etc. e o alimento de sustentação da
vida devem ser regular, constante.
Pais e filhos também
podem se beneficiar muito evitando esse terrível conceito, pois quando nascem
geralmente estes trazem grande felicidade à família, muita expectativa com
respeito ao futuro, para o qual muito dependerá do amor, da atenção, dos
cuidados e da disciplina que serão administrados a estes, de forma gradativa,
ponderada e acima de tudo, regularmente e com muito afeto.
Medite bem, antes de
pensar “para quem é...”. Não vê nesse pensamento uma atitude de desmerecimento,
de desvalorização do outro, de ausência de altruísmo da parte de quem assim
pensa e age?
Agora, pondere no
restante da expressão:...”bacalhau, basta!”. Essa expressão não visa
desvalorizar o bacalhau que continua caro e dando boas receitas, por sinal. O
objetivo dela é limitar a afetividade que se deve ter com o outro. A expressão “basta”
é sugestiva, chega, tornando-se rara as demonstrações de amor entre as pessoas,
tornando-se frias as relações, cumprindo a profecia que diz que no final dos
tempos o amor da maioria esfriaria, uma situação indesejada pelas pessoas de
bem, não acha?
Se você é mulher,
para combater esse trágico lema estabelecido pelo mundo de Satanás, lembre-se
de que você é honrada por imitar a mulher citada pelo sábio rei Salomão em
provérbio, onde ele destaca as características e atitudes que uma boa moça ou
esposa se deve ter e de que valor isso é para a pessoa do sexo oposto e para
Deus.
Se você é filho (a),
deve se lembrar da recompensa de se ter vida longa, prolongada na Terra por
obedecer e honrar a seus pais.
Se vocês são pais
devem se lembrar da responsabilidade recebida por Deus de criar os filhos na
disciplina e na regulação mental de Jeová, dando-lhes muita atenção, carinho,
orientação e amor para que não sintam desanimados.
Se você é marido,
lembre-se de que a mulher é um complemento seu, que foi dado por Deus, e de que
você sem ela, não há como sentir-se realizado. Sua plenitude depende dela. Ou você
a ama e sente homem por inteiro, ou você a menospreza e se sente aos pedaços,
sempre carecendo de algo para ser feliz.
Tendo por alvo a
felicidade, não deveria todos valorizar ao máximo o outro, seja esposo, esposa,
filhos, pais, irmãos carnais, irmãos espirituais, para que afetuosamente tenham
a força necessária para vencer as más
tendências expostas pelo mundo e sobressair bem, unidos e com muito amor a fim
de tornar-se o núcleo de pessoas a ser estabelecido na Terra para um novo mundo
dominado pelo amor, pela justiça e pela retidão, sob o governo do reino dos
céus.
Vale a pena pensar
antes e agir e assim agir. As recompensas serão eternas.