segunda-feira, 25 de março de 2019

O poder do Silêncio.





Falar ou calar-se: Eis a questão.
Santos, Maria Madalena dos.

Seja dono do seu silêncio para não tornar-se escravo
de suas próprias palavras.
O argucioso chega de mansinho, com voz suave e mansa, sondando-lhe quando almeja descobrir algo
que suspeita ser de seu conhecimento.
Cutuca levemente no assunto e aguarda a sua reação.

Qualquer manifestação a respeito em palavras
já é o suficiente para lhe pressionar a dizer algo mais:
Para quem lê um pingo é letra,
e o que mais deseja é pegar a ponta do fio da meada para puxar e desvendar o que deseja.

Se não quer tornar-se vítima de si mesmo, cale-se.
Mesmo que saiba algo de alguém
a quem o assunto não lhe pertence silencie-se.
Deixe que os incautos falem e arquem
depois com as consequências.
É melhor ser visto como desinformado
do que como fofoqueiro.
Aquele que muito sabe da vida dos outros,
com certeza pouco sabe de sua própria vida,
ficando esta para alheios tomarem conta.
Gostaria que algo assim acontecesse com você?
Se não, seja prudente. Pense antes de falar.
As palavras depois de pronunciadas não há como recolhê-las simplesmente sem colher os frutos que produzem.
Quão boa é a palavra no tempo certo para ela,
já dizia o rei Salomão, dando evidência de que
há um tempo apropriado para falar
e outro que quem é sábio não emite
som nenhum em sua garganta.