Falar ou calar-se: Eis a questão.
Santos, Maria Madalena dos.
de suas próprias palavras.
O argucioso chega de mansinho, com voz suave
e mansa, sondando-lhe quando almeja descobrir algo
que suspeita ser de seu
conhecimento.
Cutuca levemente no assunto e aguarda a sua
reação.
Qualquer manifestação a respeito em palavras
já é o suficiente para lhe pressionar a dizer algo mais:
Para quem lê um pingo
é letra,
e o que mais deseja é pegar a ponta do fio da meada para puxar e
desvendar o que deseja.
Se não quer tornar-se vítima de si mesmo,
cale-se.
Mesmo que saiba algo de alguém
a quem o
assunto não lhe pertence silencie-se.
Deixe que os incautos falem e arquem
depois
com as consequências.
É melhor ser visto como desinformado
do que como
fofoqueiro.
Aquele que muito sabe da vida dos outros,
com
certeza pouco sabe de sua própria vida,
ficando esta para alheios tomarem
conta.
Gostaria que algo assim acontecesse com você?
Se não, seja prudente. Pense antes de falar.
As palavras depois de pronunciadas não há
como recolhê-las simplesmente sem colher os frutos que produzem.
Quão boa é a palavra no tempo certo para ela,
já dizia o rei Salomão, dando evidência de que
há um tempo apropriado para
falar
e outro que quem é sábio não emite
som nenhum em sua garganta.